Por fora eram grandes tanques cilíndricos e metálicos, contendo material genético e uma mente viva, ligada à uma enorme rede de computadores. Diversos tanques que se espalhavam por uma floresta metálica sem fim. Se existiam muitos na superfície, existiam mais ainda no subterrâneo, organizados de forma quase "insectal", uma verdadeira colônia, mantida e construída por diversos robôs que "formigavam" por ai, conseguindo recursos, construindo mais cilindros e manutenindo os já existentes.
Se por dentro eles viam um ato sexual, por fora o material genético de um cilindro era coletado e combinado com o de outro. O embrião se desenvolvia em um útero artificial e assim que a prole estivesse matura, braços mecânicos à cortavam e extraiam o seu cérebro, que logo seria transplantado em um novo cilindro. Se por fora, algum acidente acontecia, destruindo um cilindro, por dentro um deles sumia misteriosamente, para retornar algum tempo depois, com lapsos na memória.
Mas, mesmo para esses homem tanques, vivendo dessa grande ilusão (ou perfeição), o instinto de investigação, a curiosidade ainda não morreram. Explorando sua própria consciência, seus cientistas descobriram o mundo de fora, descobriram como controlar os robôs, orientaram uma pesquisa espacial e agora estudam como migrar a existência de sua raça para o mundo "real". Em um planeta distante, surgem os primeiros protótipos: seres derivados dos símios, ainda muito curvados e muito peludos, mas esse é só o primeiro de muitos modelos, um dia, quem saiba, consigam fazer o ser ideal para carregar suas pesadas e complexas mentes.
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