terça-feira, 12 de abril de 2011

Considerações I

           Boa tarde a todos, eu não pretendia escrever hoje, meu aniversário é amanhã e por isso resolvi me dar o luxo de uma folga (apesar de que, nunca folgo de fato, estou sempre empenhado em algo...). Também não terminei nem metade do livro (e-book) de contos que eu eu pretendia lançar amanhã, na verdade, só escrevi um até agora, que explora uma das possibilidades da IA na educação, no futuro. No entanto, achei conveniente digitar algumas considerações pessoais sobre eu e o mundo, nessa véspera de completar mais um ciclo anual em minha vida.
          Acredito que quase toda pessoa nesse mundo teve a chance de ter experimentado pelo menos uma grande decepção, uma grande frustração. Eu tive as minhas, o "pé na bunda" que tomei no EB, ter sido atraído para uma armadilha que poderia ter custado a minha vida, por uma pessoa que eu considerava e tinha como amiga, bullying que sofri na adolescência e por fim, ao trabalhar de segurança o descaso que eu vi dos meus conterrâneos de seguir as leis, além da covardia alheia (sim, isso tudo para mim acabou sendo bem pessoal). Apesar disso tudo, sempre tive uma visão otimista da minha vida e da raça humana, esta última, que apesar de todos seus defeitos eu me orgulho muito de pertence-la.
            Nunca fui contrário à crença no "espiritual" e até acho bacana freqüentar uma igreja, ainda que não acredite em 90% do que é dito nelas, sou contrário aos dogmas religiosos, mas não a crença em algo superior. Todavia, se orar e acreditar em Deus dá um tremendo conforto em tempos de crise (sou prova viva disso), resolver problemas, por outro lado, não resolve. Em todas as minhas crises, eu só fui tomar começar a me reerguer quando parei de clamar (e até culpar) os céus pela minha sina e passei a racionalizar meus problemas e a caminhar para resolve-los. Se Deus existe (e não restrinjo ao conceito de divindade que estamos acostumados a ouvir) ele confia em mim o suficiente para que eu resolva os meus problemas. Ele pode dar suporte, mas se recusa a fazer a caminhada. E eu sou grato por isso.
            Não achem que esse é um texto religioso, porque não é, seu cunho é mais filosófico. Até um ateu se apega a algo quando passa por uma crise, isso é humano, não está restrito a grupos de pessoas. A intenção aqui é falar da diferença em, esperar que algo venha dos "céus" e fazer que que esse algo aconteça. A diferença de uma pessoa "pensante" para uma pessoa "achante" é a velocidade com que ela deixa de esperar uma necessidade de 3ºs e venha a trabalhar para suprir por ela mesmo.
             É realmente triste que, ao buscar comunidades no orkut com a palavra ENERGIA, tenham 8 comunidades com o título "energia positiva" e não sei mais quantas de emissoras de rádio para finalmente achar uma com o título "energia renovável". "Energia positiva" pode até servir como apoio moral, mas não reduz o aquecimento global. É triste também vermos pessoas até "inteligentes" apoiando uma solução tapa buracos como é o desarmamento, acreditando em estatísticas comprovadamente feitas sem método e em falácias de que um cidadão não é apto e não tem cuidado com uma arma. Acreditando que o estado vai ter competência de estar em todo lugar ao mesmo tempo, para proteger a todos, enquanto saltitamos dizendo bééééé.
             Porém acredito na humanidade e acredito em mim também. Aquela propaganda da coca-cola vem bem a calhar e eu a complemento: enquanto temos milhares de bandidos, sem escrúpulos, que fazem qualquer tipo de crueldade, temos pelo menos um policial competente, honesto e leal aos seus ideais, pronto para sacrificar sua vida em defesa do cidadão e esse já vale mais que todos os bandidos juntos. Se temos fome e miséria, temos pessoas que dedicam sua vida a acabar com essas mazelas, lutando uma luta desigual e essas pessoas valem mais que toda essa desgraça junta. Enquanto temos uma porrada de jovens levianos, que cagam para os estudos e só pensam na superficialidade da vida, em exibir suas namoradas "gostosas", em brigar na rua e em comprar o carro do ano (pensar em comprar, não necessariamente conseguir), temos poucos jovens esforçados, pensando em produzir algo que aumente o nível da sociedade e melhore a vida de gerações futuras e esse jovens valem por todos os outros. Enquanto tivermos pelo menos um herói no mundo, a humanidade vai valer a pena.

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